Nos votos realizados pelo rei D. João I antes da batalha de Aljubarrota, que teve lugar em 1385, tem a sua origem o magnífico Mosteiro de Santa maria da Vitória - declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO, 1983. Derrotadas as tropas castelhanas, o monarca ordenou a construção deste edifício monumental, cujas obras se prolongaram durante um período de quase duzentos anos. Esta duração permite que, no recinto, convivam vários estilos arquitetônicos, se bem, sem dúvida, pode ser considerado como um dos melhores expoentes do gótico português, como uma aportação importante do estilo manuelino.
A fachada principal, um bom exemplo do gótico flamejante, está decorado com figuras que representam personagens do Antigo testamento. o interior está dividido em três naves muito altas. A da direita tem a capela do fundador, onde estão enterrados o rei D. João I e a sua esposa. o lado oposto tem os belos claustro real, ornamentado segundo o gosto manuelino. Interessantes são, também, as Capelas Imperfeitas, chamadas assim por nunca terem sido acabadas. Amostra disso é a abóboda que as deveria cobrir e que ficou sem acabar. A entrada é através de um pórtico esplendoroso construído a princípios do século XVI.
A pequena povoação da Batalha, conhecida pela fama e pela beleza do Mosteiro, deve a sua origem à chegada dos numerosos artistas e trabalhadores que participaram na magna obra. O núcleo urbano conserva ainda algumas das primeiras casas que construíram nesta época.
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