Capital do Brasil desde 1960, Brasília é a única metrópole da região. O singular projeto urbano e a arquitetura futurista destacam-na de qualquer outra cidade brasileira. Goiás e Tocantins compõem o coração do Brasil. O norte de Goiás e o Tocantins são áreas predominantemente ermas, com montanhas e savanas, e no sul ficam as cidades coloniais de Pirenópolis e Goiás Velho.
Até meados do século XX, apenas bandeirantes e garimpeiros haviam se aventurado no Brasil central, uma terra de cerrado, terras alagadas, planaltos e imensos rios, povoados por grupos indígenas como os xavantes. Alguns garimpeiros ficaram na região, construindo um punhado de cidades colonias perto de suas minas. A cidade de Goiás e Pirenópolis no centro de Goiás, são muito bem preservadas, e a primeira é hoje Patrimônio da Humanidade da UNESCO.
Pirenópolis é famosa por suas festas: a mais importante delas, a Festa do Divino Espírito Santo, é uma reencenação das batalhas entre cristãos e mouros. A cidade também é um centro de ecoturismo, e sua vida noturna atrai a classe média de Brasília, que não fica muito distante. A utópica e impessoal capital do país assenta-se sobre um extenso planalto que destaca a vastidão do céu. Seus arrojados novos edifícios, com abóbodas, igrejas e monólitos reforçados por aço, merecem ser visitados.
O norte de Goiás e o estado do Tocantins fazem fronteira, e é onde as plantações de soja estão rapidamente invadindo as fraldas do planalto do parque nacional da Chapada dos Veadeiros, as vastidões de dunas do cerrado do Jalapão e as terras indígenas na maior ilha fluvial do mundo, a ilha de bananal. O cenário daqui é espetacular, e as atividades de aventura, como a canoagem e o rapel, estão se desenvolvendo rapidamente.
A cidade de Goiás e Pirenópolis, em Goiás, são cidades coloniais agradáveis, e o espetacular Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros no norte de Goiás, é um mostruário da singular flora e fauna da parte alta do cerrado. Brasilia foi construída na parte árida do centro oeste do cerrado, e é uma maravilha modernista. No estado de Tocantins, a Ilha do Bananal, uma das maiores ilhas do Brasil, é também o ponto de convergência de três ecossistemas- floresta tropical cerrado e alagados. Os desertos de dunas do Jalapão, no Tocantins, são rodeados pelo árido sertão, por vastas fazendas de soja, cachoeiras, rios cristalinos e florestas habitadas por tribos indígenas xavantes e xingu.
A viagem começa quase sempre em Brasília. o aeroporto internacional oferece conexões com vôos frequentes para Goiânia, em Goiás, e Palmas no Tocantins. Dali saem estradas para outras cidades e estados, atravessando as terras cultivadas e a belíssima paisagem. Quem vem de Brasilia chega a Pirenópolis, um reduto de fim de semana, por uma série de pequenas estradas. Também há ônibus diários para a Cidade de Goiás, partindo de Goiânia, pela BR-070. A Chapada dos Veadeiros, que, junto com Pirenópolis, tem a melhor estrutura de ecoturismo, é alcançada a partir das cidades de São Jorge ou Alto Paraíso, no norte de Goiás. Estas se ligam a Brasília pela GO-118. Exceto pelo principal artéria norte sul, a BR-153, o transporte no Tocantins é difícil. A ilha do Bananal, a oeste, e o Jalapão, a leste, ficam mais longe, e é o melhor ir em excursões.
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