segunda-feira, 7 de novembro de 2011
São Miguel das Missões - Brasil
Sobrevivendo a séculos de negligência, a missão de São Miguel é um belo exemplo do estilo barroco guarani, mistura de elementos arquitetônicos ibéricos e indígenas. Essas influências são visíveis em detalhes de arquitetura, particularmente nas pedras escavadas e nas esculturas de madeira que estão no museu. A missão foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1984. Embora a área em volta de São Miguel, tenha sido ocupada por fazendas, a missão ainda conserva um ar de isolamento.
O sino da missão convocava para as orações e avisava quando havia ataques de bandos que caçavam escravos.
Uma rede de corredores dá a medida da extensão da missão original, que chegou a abrigar 4 mil pessoas.
Feitos com materiais locais, eram os elementos básicos na construção das missões , os tijolos e pedra.
O Museu das Missões projetado em1937, por Lúcio Costa, é um antigo edifício modernista e inspirado na arquitetura barroco jesuítica, O museu tem estátuas e relíquias escavadas do local.
Restou pouca coisa das oficinas, salas de aula, claustros e salões da missão jesuítica. No entanto, ainda é possível ter uma ideia de suas distintas áreas nas ruínas.
Durante boa parte dos séculos XVII e XVIII, os índios guaranis, do atual oeste do Rio Grande do Sul, assim como de partes da Argentina e do Paraguai, foram controlados pelos jesuítas.
A primeira redução ( comunidade ) foi fundada em 1610. Trinta outras se seguiram, incluindo a brasileira de São Miguel, fundada em 1632.
Ao longo do tempo, começaram a florescer música, arquitetura, pintura e escultura barrocas com influência guarani. Autoridades espanholas e portuguesas preocupavam-se com o poder dos jesuítas, enquanto Roma se inquietava ao ver a ordem se mostrar independente demais da autoridade papal. Em 1756, forças espanholas e portuguesas expulsaram os jesuítas.
As missões foram então arrasadas ou abandonadas.
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